Quarta, 05 de Novembro de 2025

Transformação nos Lares Brasileiros

Censo 2022 destaca crescimento de famílias sem filhos

05/11/2025 às 13:37
Por: Redação
**Cresce o número de casais brasileiros sem filhos em duas décadas** *Dados do IBGE destacam mudanças no padrão familiar com aumento significativo de lares sem crianças* Nas últimas duas décadas, o Brasil presenciou um crescimento significativo no número de casais sem filhos. Segundo o Censo 2000, 14,9% dos lares eram compostos dessa forma. Atualmente, esse percentual subiu para 26,9% de acordo com o Censo 2022, conforme informado nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O suplemento Nupcialidade e Família do Censo 2022 revela ainda que lares com apenas dois cônjuges ou acompanhados de outros parentes, sem filhos, estão incluídos nessa conta. O estudo indica várias razões para essa mudança: uma maior participação feminina no mercado de trabalho, baixas taxas de fecundidade e o envelhecimento populacional contribuem para essa tendência. Em contrapartida, o Censo também mostrou uma redução no número de casais com filhos, que pela primeira vez desde 2000, representa menos de metade das 61,2 milhões de famílias registradas. Enquanto em 2000, 63,6% dos lares tinham casais com filhos, atualmente esse número caiu para 45,4%. Além disso, a pesquisa destacou diferentes composições familiares, incluindo 13,5% de mulheres sem cônjuge com filhos e 2% de homens sem cônjuge com filhos. Essas estruturas refletem a diversidade nas configurações de lares no país, segundo o IBGE, que considera apenas pessoas relacionadas por parentesco vivendo juntas como uma família. Outro dado importante revelado pelo censo é o aumento das unidades domésticas unipessoais. Em 2010, eram 12,2% enquanto agora correspondem a 19,1%, indicando que uma em cada cinco moradias possui apenas um ocupante. Embora esse crescimento, a proporção de lares unipessoais no Brasil ainda é inferior a de países como Alemanha, França e Itália. Cerca de 6,84 milhões de homens e 6,78 milhões de mulheres vivem sozinhos no Brasil. No entanto, há diferenças por idade: até 54 anos, prevalecem os homens, mas a partir dos 60 anos, as mulheres passam a predominar, devido à maior longevidade feminina. Segundo Marcio Mitsuo Minamiguchi, pesquisador do IBGE, mulheres tendem a viver mais, enquanto homens com mais idade frequentemente estão em relações conjugais.

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