Empresas se unem à SOS Mata Atlântica

**Iniciativa envolve setor privado na proteção da Mata Atlântica** *Fundação se alia a empresas para projetos de conservação e restauração até 2030.* A Fundação SOS Mata Atlântica lançou a Aliança pela Mata Atlântica, com o objetivo de unir o setor privado e parceiros institucionais em prol da conservação e biodiversidade do bioma. O anúncio ocorreu durante o Summit Agenda SP+Verde em São Paulo. Esta aliança pretende atuar principalmente nas bacias do Médio Tietê e do Médio Paraíba do Sul, áreas estratégicas para o bioma devido à alta densidade populacional e econômica e aos desafios ambientais significativos. Com cerca de 12 milhões de habitantes e grandes demandas por água e energia, essas bacias cobrem 170 municípios em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O plano da fundação prevê, até 2030, a restauração direta de 5 mil hectares, além de buscar o desmatamento zero. Utilizando inteligência e análises geoespaciais, a iniciativa espera identificar áreas prioritárias, com especial atenção para as Áreas de Preservação Permanente, onde o potencial de restauração ultrapassa 300 mil hectares. Entre os indicadores importantes para medir o impacto estão a área restaurada, carbono fixado, qualidade da água, conectividade ecológica e empregos verdes gerados. Luís Fernando Guedes Pinto, diretor-executivo da fundação, destacou a abordagem territorial e científica como uma inovação crucial, mencionando o risco de colapso nos serviços ecossistêmicos que poderiam afetar economia e cidades. A fundação já destinou 150 milhões de reais a diferentes ações, buscando adicionar mais 350 milhões de reais para atingir a meta de meio bilhão de reais até 2030. A Aliança pela Mata Atlântica, segundo Guedes Pinto, pretende criar um movimento de corresponsabilidade nos territórios, visando soluções integradas que englobem conservação da biodiversidade, recursos hídricos, agricultura e resiliência climática. Além de contribuir para metas globais de clima e biodiversidade, a aliança permitirá às empresas reduzir riscos socioambientais e econômicos, fortalecendo suas credenciais ESG. Atualmente, dez empresas já fazem parte desta parceria. Juliana Silva, diretora de Sustentabilidade da Motiva, reforçou a importância da preservação da biodiversidade para enfrentar eventos climáticos extremos e para aumentar a resiliência das cidades e negócios às mudanças climáticas.